O papel da Fé na pandemia

“Se meu pai e minha mãe me abandonarem, o Senhor me acolherá”. Esta afirmação que demonstra uma inabalável confiança em Deus, pode ser encontrada no Salmo 27,10. Mas em meio a esta terrível pandemia, será que Deus não se encontra em isolamento social de nós? É possível confiar tanto assim em Deus?
 

Texto bíblico norteador: Mc 4,37-41
 

Nisso, surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?”. E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cala-te!”. E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. Ele disse lhes: “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?”. Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?
Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor
 
A humanidade encontra-se como que nesta barca, a mercê de uma perigosa tormenta. Diante de tantas dores e angústias, parece que Cristo encontra-se distante de nós, dormindo tranquilamente enquanto padecemos. Alguns corações, agitados pelas revoltas águas emocionais, parecem entrar em uma perigosa onda de falta de esperança. Mas será mesmo que a realidade é o que dela percebemos? O que quero dizer com este questionamento é: O pavor dos discípulos se deu por Jesus dormir na barca ou antes eram eles que não haviam ainda se despertado para uma fé viva? A julgar pela repreenda de Cristo, já sabemos a resposta.

Ter fé, certamente não fará com que a pandemia se cesse, que o vírus desapareça, e que não necessitemos de distanciamento social, uso de máscara, higienização das mãos e vacina no braço de cada brasileiro. A fé, portanto, não oferece uma solução mágica, como alguns podem sugerir. O que a fé faz, é nos possibilitar seguir adiante com mais ânimo e confiança, na certeza de não caminharmos sozinhos, e de que poderemos tirar um bem maior das adversidades que se apresentarem a nós.

Portanto, como dizia o fundador do Instituo dos Irmãos do Sagrado Coração, Padre Andre Coindre: “Ânimo e Confiança”.