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12/10/2025 - POSTULANTADO
Depois de um ano vivendo o aspirantado, Lucas sentia que algo dentro dele havia mudado. Ele estava mais firme na fé, mais consciente de quem era e, principalmente, mais disposto a continuar seguindo Jesus. Mas agora, o chamado parecia mais intenso, mais exigente.
Foi durante um retiro de início de ano, silencioso e profundo, que ele entendeu: era hora de dar mais um passo. Começava ali o seu Postulantado.
“Agora, Lucas” disse o Irmão Gustavo, “não é apenas sobre observar... é sobre viver como apóstolo. Você já não é só parte da comunidade, você é protagonista dela.”
Essas palavras ficaram ecoando em seu coração durante dias. O postulantado não era mais uma fase de “teste”. Era uma etapa séria, comprometida e cheia de sentido. Era o tempo de mergulhar mais fundo na missão e no carisma do Instituto, de conhecer mais, amar mais e servir melhor.
Logo nos primeiros dias, os encontros de formação começaram. Temas como história do Instituto, Bíblia, filosofia, vocação, Mariologia, espiritualidade latino-americana, afetividade, sexualidade, teologia da vocação, e até cursos de espanhol e PNL faziam parte da rotina. Mas o que mais tocava Lucas era que cada aula vinha acompanhada de vida prática, oração e partilha.
A dimensão espiritual se tornava cada vez mais viva: as orações comunitárias, os retiros a cada dois meses, a eucaristia diária, os momentos de silêncio e reflexão… tudo isso o fazia mergulhar mais profundamente na intimidade com Jesus. Ele também conheceu melhor a história dos fundadores, Pe. André Coindre e Irmão Policarpo, além de se aproximar da espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus, do Imaculado Coração de Maria e de outros santos que inspiravam a missão da congregação.
Mas a vida com Deus não se constrói sozinho. A dimensão comunitária o convidava todos os dias ao compromisso com os outros.
Limpeza da casa, cuidar da horta, cozinhar, organizar as tarefas, viver a fraternidade com simplicidade e respeito, tudo isso fazia parte da formação. E não era tudo fácil. Às vezes, surgiam conflitos e tensões, mas também aprendizados profundos.
Na dimensão humana, Lucas tinha encontros semanais com um psicólogo, momentos de partilha com o formador e terapias em grupo. A ideia era se conhecer melhor, entender seus limites e crescer em liberdade e equilíbrio emocional. Ao mesmo tempo, os estudos sobre realidade social, política, econômica e ecológica ajudavam a abrir os olhos e o coração para o mundo real, o mundo onde o Evangelho precisava ser vivido com coragem.
Aos finais de semana e em alguns períodos do mês, ele também se envolvia diretamente nas atividades apostólicas: catequese na paróquia, grupo de jovens, ajuda nas missões, trabalho com crianças e adolescentes em obras sociais. Era o carisma do Instituto vivido na prática. Mais do que “fazer algo”, era ser presença, ser irmão, ser esperança.
Entre uma aula e outra, uma partilha e outra, Lucas sentia dentro de si uma alegria silenciosa, como quem está indo, passo a passo, ao encontro de um amor maior.
“É engraçado,” escreveu ele em seu diário. “Aqui eu trabalho, estudo, limpo a casa, rezo, escuto, canso... mas nunca me senti tão completo. É como se tudo fizesse sentido.”
Durante o ano, ele também participou do Postulinter da CRB, conhecendo outros jovens que estavam trilhando o mesmo caminho em diferentes congregações. Essa troca foi enriquecedora e confirmou ainda mais seu desejo de seguir.
No fim do tempo de postulantado, após muita oração e diálogo com os formadores, Lucas escreveu uma carta ao Irmão Provincial:
“Sinto que chegou a hora. Quero continuar minha caminhada no noviciado. Sei das exigências, mas também reconheço a paz e o fogo que crescem em meu coração.”
A carta foi lida, avaliada com carinho pelo Conselho, e a resposta veio com um sorriso fraterno:
“Lucas, bem-vindo ao próximo passo.”
E você? Já pensou em dar esse passo?
O Postulantado é um tempo de profundidade, entrega e crescimento.
Se você sente esse desejo no coração, não ignore esse chamado.
Entre em contato com a gente:
provinciadobrasil@gmail.com
Ser postulante é ser mais que discípulo…
É ser apóstolo. E talvez Deus esteja te chamando agora.
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