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O pequeno montanhês de La Motte (1° Parte)
09/03/2018 - O pequeno montanhês de La Motte (1° Parte)
Paradis, 24 de junho de 1855
 
Meu estimado Irmão Patrik,

Você ganhou! Eu atendo aos seus reiterados pedidos para falar dos meus parentes e da minha infância, bem como as primeiras décadas do nosso Instituto. Mas faço isso unicamente sobre sua repetida insistência e porque você é muito querido como Irmão do Sagrado Coração, não nascido na França. Tenho certeza que, como São Patrik, o padroeiro da Irlanda, o seu fervor contribuirá para tornar conhecido e amado o Coração de Jesus, no Novo Mundo.

Peço-lhe, Irmão Patrik, me perdoar pelo atraso da resposta, pois estava muito ocupado na preparação do processo completo para pedir o reconhecimento legal do nosso Instituto para toda França. Esta aprovação nos foi atribuída no dia 19 de junho passado (1851) e estamos muito felizes. Até agora tínhamos a permissão de lecionar apenas em alguns lugares da França.
 
Vou lhe falar da minha família sob duas condições: que você renda graças comigo pelos favores que o Senhor Jesus me fez, desde o dia do meu nascimento, e que guarde para você estas cartas que lhe enviarei.
 
Espero que o Bom Deus me perdoe se acontecer, escrevendo estas cartas, que me glorifique das minhas supostas proezas e que não dedique a Deus toda a glória e o mérito que ele merece.
 
Meu pai,  Jean-Josep Gondre, contou-me várias vezes, quando era pequeno, que o tempo estava fechado e com trovoadas durante os dias que precederam o meu nascimento. Sem dúvida, amenizava as coisas quando dizia que o trovão parou e que as nuvens se dissiparam, rapidamente, logo que dei meus primeiros gritos. Certamente para alegrar a criança que era, contava ainda que minha mãe havia visto nisso um presságio do que eu ia me tornar. Estou convencido de que não houve nada de maravilhoso no seu nascimento; são lá acontecimentos vistos por olhos de parentes muito orgulhosos de ter dado vida a uma terceira criança.
 
Minha família morava El La Motte em Champsaur, uma pequena aldeia de uns cem habitantes, situada à 1.100 metros de altitude, nos confrafortes dos Alpes e a uns sessenta quilômetros a fronteira italiana. Meus pais não eram ricos, como também toda a população da região. Também não eram miseráveis, pois tiravam o necessário para viver da terra e viviam das reservas feitas durante o longo inverno, nas montanhas.
 
Nasci numa sexta feira, dia 21 de agosto de 1801, às 13 horas da tarde; mas como a França vivia ainda sob influência da revolução, se olhar meu registro de nascimento, verá escrito que nasci no dia 3 do mês de “Frutidor” do ano nove da República Francesa e que me chamo Jean Hippolyte Gondre, filho de Jean-Joseph Gondre e de Victoire Gonsolin.

 
 
Continua em breve...



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